quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Momento histórico

É engraçado como nossos patrimônios históricos passam despercebidos e são, até mesmo, ignorados pela maioria das pessoas. Aqui em São Paulo, por exemplo, temos quatro monumentos que além de belos são uma forte representação de algum momento da nossa história. As pessoas passam por eles tão apressadas e preocupadas com suas vidas que nem percebem seus detalhes e seus significados.
Fiquei surpresa quando, assistindo a um programa de TV, percebi quantas pessoas desconhecem a importância dos nossos monumentos. Algo que deveria ter impacto na memória e fazê-las relembrar o passado da cidade está simplesmente esquecido. Talvez pela falta de tempo ou, quem sabe, pela falta de curiosidade.
Então que tal exercitarmos um pouco nossos conhecimentos históricos e parar para pensar mais em nossos patrimônios?

A foto lá em cima é do Monumento às Bandeiras, de autoria de Victor Brecheret, que se encontra na Praça Armando Salles de Oliveira. Ele representa a memória ao bandeirante português e ao guia índio, junto com outras raças que também participaram das bandeiras (negros e mamelucos), uma união de forças para carregar a canoa das monções (vias fluviais).

O Monumento à Independência foi feito em 1921 pelo artista Ettore Ximenez representando a Indenpendência do Brasil de Portugal. Este monumento é cheio de detalhes que merecem atenção, são 131 peças esculpidas em bronze. Entre elas encontra-se a Capela Imperial com a cripta de Dom Pedro I e da princesa Leopoldina.

Aposto que muitos passam em frente a este monumento que está aqui ao lado e nem faça idéia de quem se trata... Ele foi projetado pelo arquiteto Agostinho Vidal da Rocha homenageando Pedro Álvares Cabral. A escultura, no entanto, é de Luiz Morrone e foi inaugurada em 1988 representando o início das comemorações dos 500 Anos do Descobrimento do nosso país.


Este é o Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32 construído em homenagem aos combatentes da revolução de 32. Para quem gosta de simbologia, o Obelisco é um prato cheio. Seus desenhos (Galileo Emendabili), legendas (Guilherme de Almeida) e até mesmo suas medidas são simbólicas.
Só por curiosidade darei um exemplo: a largura maior da parte interior da cripta mede 32 metros lineares. Cada lado da base menor tem 9 metros lineares. Cada lado menor junto ao topo mede 7 metros lineares. No centro da cripta, olhando-se para os lados e para o alto, obtém-se a seguinte relação numérica: 32\09\07 — ou seja, dia, mês e ano da Revolução de 1932.

Seria interessante se todos conhecessem um pouco mais as representações históricas que temos em nossas cidades. Isso faria com que esses monumentos fossem mais respeitados e, também, preservados com maior preocupação. Me entristece cada vez que encontro um patrimônio histórico mal cuidado.

5 comentários:

Sérgio Vieira disse...

Ah menina, curti muito o seu post!!!

beijos

Eliane Terrataca disse...

Obrigada Serginho!!
Estou me esforçando!!... Hihih

Beijocas

Juliana Tesser disse...

É Lica.. no Brasil o povo não é muito chegado em patrimônio não!!!
A catedral de Brasília é linda.. toda em mosaico.. e com anjos em bronze pindurados no teto.. além de uma réplica da Pietá..
A parte triste? os mosaicos estão quebrados e as pombas tem feito a festa na catedral!!!!

Eliane Terrataca disse...

Pois é Ju!
Esse descaso me revolta! ='(

Anônimo disse...

É importante lembrar, que nas escolas, mesmo públicas e privadas, não há uma promoção do patrimônio Histórico-Cultural do Brasil.

Agora, se mostrarmos um monumento de outros países, tais como a Estátua da Liberdade, ou o Pentágono, nos EUA, quase 90% dos brasileiros sabem dizer.

Não me admiraria se muitos não soubessem o dia da Independência do Brasil, mas soubesse o dia da Independência dos EUA. O que eu quero ressaltar, em meu comentário, é que nós não nos auto-valorizamos. Nós mesmos, brasileiro, nos desprezamos. Nos achamos inferiores, e por esse fato, não temos e posso dizer que ainda desconhecemos a nossa identidade!

Também posso dizer a falta de amor e patriotismo do povo brasileiro. Nós, na maioria das só sabemos ser brasileiros em tempo de Copa do Mundo, ou quando tem um 'futibolsinho' na Globo! Sendo assim, fica difícil conhecer a nossa própria história, pois, se para nós o que importa é o 'futebol', pouco importa o país e sua história!