domingo, 30 de setembro de 2007

Afinal, quem matou Taís?

Salve Galera!

Aproveitando a deixa do post do "o que você faria no seu último dia", venho falar com vocês sobre o grande dilema : "quem matou Taís".

É íncrivel como uma novela pode atingir a tantas pessoas de uma só vez. São Paulo parou, o Rio de Janeiro parou, acho que o Brasil inteiro só não parou por falta de televisores suficientes.
Bizarro? Talvez. Porém não deixa de ser interessante. O fato das novelas atingirem o público pode ser muito mais explorado no sentido de visar o bem social. Temas como câncer, AIDS, homossexualismo e outros diversos pontos explodem ao entrar em novelas, virando pautas de jornais e de bares, dentro de seus devidos enfoques, é claro, mas não por isso deixm de ser falados. Porquê não explorar ainda mais esse alcance para atingir a população de maneira contínua?

Não que isso não seja feito, mas a continuidade é o verdadeiro problema. Basta a novela acabar que parece que o problema da AIDS acabou. Ninguém mais fala nisso. A bola da vez é outra, o problema é outro, o foco é outro.
Isso tudo sem contar a influência do público na novela. Mexeu demais na ferida? Mata a personagem e cria um enredo mais suave, que não agrida tanto. Todos sentem e se emocionam ao ver determinados assuntos na TV, mas não faça sentir muito essa dor. Ela deve ser mediada, e não deve invadir o espaço pessoal, afinal, aquilo tudo está ao mesmo tempo perto e distante das realidade vivida.
É justamente aí que entra o fato do "o que você faria se hoje fosse seu ultimo dia?" entra. Muita gente perderia seus ultimos instantes vendo a novela e descobrindo o assassino de Tais ao invés de aproveitá-los com sua família ou com amigos, fugindo talvez da realidade "real". Porque não confrontar a dor de um assassino na vida "virtual" do que nosso próprio fim? A escolha é de cada um, mas será que ela mesma não é induzida e nos faz fugir de alguns fatos dolorosos? Será que a dor nos outros nos alivia tanto a ponto de fazer-nos fugir do que está debaixo de nossos narizes? Será que a reflexão é estimulada ao vermos as novelas e seriados que nos são oferecidos?

A única coisa que sei é que da novela pudemos tirar uma ótima lição. O que a prostituta fez com os políticos naquela CPI reflete exatamente o que eles fazem com nós mesmos ao investigar e absolver Renans e afins. Esse foi um ótimo exemplo que a maior rede de TV do país deu, mostrando o ridículo que a situação política está passando.

Dúvidas, indigestões, ressacas e críticas, nos vemos nos comentários!

2 comentários:

Self disse...

p... eu tinha o outro post e refletido, ateh discutido com um colega meu sobre o assunto, mas pelo post ñ me inspirou mto comnetar, mas esse paga a pena. por vezes escuto pessoas dizerem que se soubessem que amanhã chegaria a sua vez, fariam hoje o que a covardia as impede por poderem estar vivas amanhã. será verdade? ou somente um alívio d'alma para a dor da dúvida das conseqüências do amanhã? pois se realmente tivessemos tanta coragem, não faríamos hoje, afinal, qm garante q estaremos vivos amanhã? o problema agora é estar vivo amanhã? então Brecht errou ao escrever "Se fossemos infinitos tudo mudaria, como somos finitos muito permanece"? to começando a achar q sim, afinal, hj as pessoas tem medo de tentar e fracassar, ñ kerem mais sonhar com o q contrarie a suposta realidade e venham a ser taxadas, preconceituosamente, de utópicas, sonhadoras, loucas... mais fácil é já ir pensando na estabilidade, na previdência, e ir levando... até qdo?

Self disse...

ah, hj, dia de 3 de out., faz 15 anos do massacre do carandiru... numa sociedade q acha q violência se cura com violência, talvez o q resta eh ir garantindo a previdência...